Como greve nos EUA pode afetar sua série favorita

Milhares de roteiristas de televisão e cinema de Hollywood entraram em greve nesta semana. A paralisação, anunciada pelo Sindicato de Roteiristas dos Estados Unidos, começou após o fracasso nas negociações de aumento de salários com estúdios e plataformas, como Disney, Netflix e Warner Bros. Os trabalhadores também reivindicam um recebimento maior de lucros gerados pelas transmissões das produções em streamings.

As atuais exigências dos roteiristas lembram as da última greve: remunerações melhores, com pagamentos mais justos em relação ao que se ganha na “nova mídia” – o que, hoje, significa streaming. A diferença maior é que essa relação se degradou bastante por conta de uma nova realidade com séries de temporadas menores e com as chamadas “mini rooms”.

A verdade é que Netflix e seus concorrentes mudaram a forma como o audiovisual é produzido e, agora, os trabalhadores querem o seus pagamentos ajustados a isso – representados por Writers Guild of America West e Writers Guild of America East – WGAE.

Os roteiristas são o grupo mais barulhento, mas outros sindicatos da área (como o dos diretores) olham com atenção para o movimento.

Seja como for, estúdios e plataformas parecem estar em uma situação melhor do que há 15 anos. Hoje se produz muito mais fora dos Estados Unidos e não há uma data fixa no calendário para todos os lançamentos e “season finales”. Fica mais fácil organizar calendários de lançamentos para cobrir buracos.

  • A última greve dos roteiristas em Hollywood foi entre 2007 e 2008 e durou 100 dias, com perdas de US$ 2 bilhões ao setor, além de afetar produções de séries e filmes.